Como homenagear essa aniversariante? Entre as fotos que tenho disponível resolvi escolher uma bem simples. Na porta da velha casa da Coelho Lisboa, fazendo caretas, ao ladfo do seu marido, sempre divertida e brincalhona
E por falar em brincalhona , algumas coisas que ela gostava de dizer, encerrando com uma risada gostosa
Seu juiz
Sai para rua comadre cadela
Na rua to peidando
Ca vara de to cagado
Travessei seis rua
Sete cu largo
Dexe mija
Qui ja ta pingando
Traduzindo
Senhor Juiz, sai para a rua com a comadre, cade ela?
Na rua encontrei Dando com a vara de tocar o gado.
Já atravesseis seis ruas, sete, com o largo
Deixe-me ir já
Pois já está pingando ( chovendo
Com a Cristininha (trocando o f por um c)
Sabe o que disse o Odair
O filho da verdureira
Que é feio o nosso país
Que é feia a nossa bandeira
Eu fiquei tão zangada
Que nem mesmo sei o que fiz
Somente torci o nariz
E dei-lhe uma bofetadaE um poema que fiz, muitos anos atras, para lembrar o carinho e a fé
Hoje a angustia bateu
Eu não sabia mais como agüentar
Ver a menina lá
Quieta, a me olhar
E eu, sem poder saber
O que ela estava sentindo
De repente apareceu
Como de um sonho gostoso
Uma pessoa que veio até o meu lado
E ao meu lado sentou
Tão quieta como chegou
Abriu uma gaveta do lado
E de lá saiu
Um livro e uma cruz
E sem que eu pedisse
E sem nada dizer
Começou sua reza, pedindo a Deus
Pra cuidar da menina
Que estava lá
A nos olhar
E eu rezei, sim rezei
E eu chorei
Acompanhei aquela reza
Me agarrei naquela reza
Como um náufrago
Segura o que sobrou do barco
Como um doente
Segura a mão do médico
E então, como por encanto
A reza acabou
E quieta como chegou
Ela se foi
Levou a minha angústia
Deixou sua paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário