quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ausencia

Como é agitada a vida. De novo, nascimentos e doenças perturbam a frequencia diária ou até mesmo semanal neste espaço. mesmo sendo fácil o copia e arrasta inventado pelas mentes mágicas da informatização. Histórias velhas e novas se misturam na mente e na alma.
Cuidando de uns e sendo cuidado por outros
Arrastando pernas
Segurando mãos
Quem ontem amparava hoje é amparado
Vamos colocar um texto para levantar o ânimo.
Vamos falar de bobagens, que de bobagem em bobagem, chegaremos la´

NOVA GERAÇÃO

         Um dia destes recebi cópia de um email que circulava pela internet alertando sobre o trabalho de, vamos dizer assim, corintianização, feito pela Rede Globo. Por ser o time que dava mais retorno de audiência, e por estar atravessando uma fase muito boa, foi um festival de jogos diretos do Corinthians, todas as quartas e domingos.
         Achei que o alerta era exagerado, até porque estas coisas são temporárias, e cíclicas, e logo outro time estaria na berlinda.
         Mas comecei achar que há um pouco de verdade numa recente viagem de ônibus de Barretos para Campinas.
         Na parada em Bebedouro subiu para o ônibus e sentou no banco da nossa frente duas senhoras e uma criança, mães e avós, sendo que o menino devia ter uns quatro ou cinco anos. Falou o tempo todo, resmungou, mexeu onde não devia, em resumo, fez tudo o que uma criança normal desta idade faria.
         Logo que saiu da rodoviária, ao ver uma bandeira numa casa perguntou o que era aquilo.
         — Aquilo é uma bandeira do Brasil. É por causa dos jogos da Copa. Você não é brasileiro?
         — Não sou não. Sou palmeirense.
         Pensei cá comigo. Mais um sofredor à vista. E a mãe ainda reforçou.
         — Lógico que você é palmeirense, Mas agora na Copa, a gente torce pelo Brasil, pois o Marcos está lá.
         Continuei pensando. Argumento meio fraco, mas vá lá.
         E segue a viagem. Esqueci de mencionar que o ônibus em questão num misto de modernidade com bagunça brasileira, tinha televisão, que não funcionava. Mas estava lá a tv. E começa o seguinte diálogo.
         — Mãe, liga a televisão.
         — Não posso. Só o motorista que pode fazer isso.
         — O que passa na televisão.
         — Nesta aí só filme. Na lá de casa passa novela, desenho, filme...
         E o menino em cima:
         — Jogo do Corinthians.
         E a mãe, sem jeito:
         — É.
         E segue a viagem. O menino esqueceu a televisão e foi mexer na cortina, levando bronca da mãe, porque estava cheio de pó, entrava luz, etc., aquelas coisas que as mães sempre falam para as crianças. Aí, ela fez uma besteira.
         — Vamos cantar uma musiquinha. Canta alguma coisa para a vovó ouvir.
          E o moleque começou:
         — Salve o Corin..
         Coitado. Levou um tapa da mãe, (obviamente uma palmeirense) e um cala boca tão grande que funcionou até descerem em Araraquara.
         É gente, vocês têm razão. Se não abrir os olhos, logo, logo só vai ter torcedor do Timão por aí.

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