domingo, 7 de junho de 2015

Vivia negociando. Desde pequeno. Quando queria uma coisa, diferente das outras crianças, não pegava na marra. Propunha uma troca. Oferecia alguma vantagem para o outro lhe dar o que queria.
Nas diversas escolas suas qualidades foram aprimoradas. Juntando dinheiro das mesadas ou aproveitando o fato de seus pais terem uma vida financeira um pouco melhor que a dos pais dos amigos, passou a comprar o que queria, ou pagando para alguém fazer alguma coisa por ele.
E assim seguiu pela vida afora. Funcionário de uma pequena construtora, com seu jeito foi conseguindo novos negócios e quando o dono percebeu já não era o dono. Ele era o novo proprietário.
Estes escândalos de suborno que pipocam sempre em nosso país,o dedo dele estava em muitos.
Sua mulher nuca soube, mas um ex namorado de que ela gostava teve que mudar de bairro por culpa dele, e do dinheiro que usou para pagar uns amigos para assustá-lo
Sua frase preferida: Se eu quero eu pego ou compro.
Aos 55 anos estava no auge.
Sentiu uma dor forte no peito
Puxou o talão de cheques e perguntou pra morte quando ela queria.
Só que a morte não aceita trocas, sugestões nem negociações
Quanto mais suborno.

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